segunda-feira, 1 de junho de 2015

Cariocas X Nova- Iorquinos: quem mente mais? [ PARTE I]

Há um tempo, escrevi um post aqui  sobre as minhas experiências em Nova Iorque como turista.  Quem clicar no link e ler, verá o quanto amei a cidade e o quanto tudo que fiz nela atendeu minhas expectativas.  Hoje, dois anos depois e morador de Nova Iorque por praticamente um ano, minha visão sobre a cidade mudou completamente. Mudou tanto que cada vez mais que conheço a cidade me pergunto quem mente mais, os cariocas ao dizerem que o Rio é uma cidade maravilhosa ou Nova-Iorquinos ao dizerem que moram na "melhor cidade do mundo".

Eu continuo amando a cidade, mas ela não é isso tudo que a mídia e turistas brasileiros que só visitam 1/4 de Manhatan dizem por ai. Quantas vezes vocês já escutaram que Nova Iorque é a cidade "que nunca dorme", que é a cidade mais elétrica do mundo, a cidade mais multicultural do planeta, etc.  Enfim, o quanto Nova Iorque é foda.  A questão é que se você passa alguns dias em Manhattan, talvez você ache isso mesmo. Mas, do mesmo jeito que o Rio não é apenas as belas praias da zona sul, Nova Iorque vai muito além de Broadway e Estátua de Liberdade. 

Para quem não sabe, morei praticamente a minha vida inteira no subúrbio do Rio de Janeiro e sei o quanto a vida pode ser diferente comparada a quem mora na zona sul - onde ficam as famosas praias de Ipanema, Leblon e Copacabana. O Rio cartão postal é muito diferente da maiora da zona norte ou oeste -  onde a maioria dos cariocas moram.   Ao vir morar em Nova Iorque, mudei minha vida totalmente não só pela mudança de país e cidade, mas porque vim morar num lugar privilegiado - bairro de bacana.

Sou estudante de mestrado da Universidade Columbia e moro perto do campus da universidade em Morningside Heights - que é pertinho do Upper West Side, um dos metros quadrados mais caros de Manhattan.  Também moro perto do Harlem, bairro predominantemente negro e latino, que costumava ter altos índices de criminalidade no passado.  Apesar da evidente diferença entre o Harlem e onde moro, o bairro não chega nem perto da qualidade de vida dos bairros mais pobres do Bronx ou Brooklyn.

Para o post não ficar muito longo, cito abaixo algumas da minhas observações sobre a vida em Nova Iorque e algumas comparações com o Rio.

Arte de rua em South Bronx
1 -  Parece óbvio, mas para muita gente talvez não seja. A vida em Nova Iorque pode ser muito boa ou muito ruim e assim como o Rio, pode depender de onde você mora e o quanto você ganha. Tanto quem mora no Leblon quanto quem mora em Tribecca (bairro de Manhattan) vai ter um alto padrão de qualidade de vida, bons restaurantes, boas lojas, ruas bem cuidadas e segurança perto de casa. O mesmo não acontece se você morar em South Bronx, por exemplo, onde o índice de violência é 8x maior que a média da cidade, onde lojas fecham cedo com medo de assalto, onde crianças e adolescentes crescem com baixíssimas expectativas de progredir na sociedade  A desigualdade social em Nova Iorque é gritante e só não vê quem não quer.  Gentrificação não é um mito.

Tenho um amigo americano-mexicano que vive no Bronx desde que nasceu.  Quando saimos, ele tenta sempre voltar cedo porque onde ele mora é "deserto, perigoso"- alguém ai lembrou do Rio?. Lembro um dia em que foi fazer uma entrevista de emprego e usava terno e gravata e suava de nervoso querendo voltar para casa porque não queria "chamar a atenção na rua".

2 - Nova Iorque não é uma cidade 24 horas e não faz jus ao título de "cidade que nunca dorme".  Nas minhas aventuras de madrugada pela cidade, o que encontro [em Manhattan] são McDonalds abertos, algumas lojas de conveniência e alguns bares que fecham sempre às 4h da manhã (No Rio, muitos vão até às 6 da matina!). Nas outras partes da cidade, esse número cai 80%.  Lembro quando visitei um amigo no Brooklyn, andamos uns 20 minutos por volta de 2 da manhã e não achamos nada para comer. No Rio, mesmo nos bairros mais longes de tudo, tem sempre algum podrão ou Habibs em algum lugar. 

3 - A cena rock em Nova Iorque é bem limitada, quase inexistente. O Rio de Janeiro ganha de 10 x O nesse quesito e se for comparar com São Paulo então, é uma surra total. Em Manhattan, é praticamente impossível encontrar algum lugar que toque rock, salvo alguns poucos lugares no East Village. No Brooklyn, alguns poucos bares minúsculos em Williamsburg - um colado no outro. 
Queens e Bronx, se tem algum, é bem escondido e ninguém saber usar internet para divulgar. 
Quem já curtiu a noite paulistana ou mesmo carioca vai se decepcionar muito com a Big Apple. MUITO MESMO.



[CONTINUA]





terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A chatice de Las Vegas

Muita gente provavelmente vai discordar de mim, mas eu considero Las Vegas uma das cidades mais chatas dos Estados Unidos — uma grande ilusão e uma tremenda merda. 

Para começar, Las Vegas é ridicularmente pequena! Ou melhor dizendo, a parte que realmente importa é minúscula. É uma rua! Tudo é concentrado em uma avenida - a Las Vegas Strip - e  saiu de lá, a cidade morre. Não tem absolutamente nada para fazer em Vegas tirando ir aos ''fantasticos'' cassinos. Tive a oportunidade de passear de carro pela cidade, longe da famosa Strip e a impressão que deu era que tudo era abandonado, sem vida e pobre. Sim, Las Vegas é pobre! É uma das cidades mais pobres dos Estados Unidos e seus moradores sempre são personagens principais de matérias jornalísticas relatando a pobreza americana.. Lembro de uma matéria que vi o depoimento de uma moradora dizendo que comia ratos para sobreviver (ecat!). 

Para um lugar que se entitula Sin City - o pecado em forma de cidade - Las Vegas decepciona muito.  Para começar, os cassinos são um verdadeiro playground para a toda a família.  Entre uma aposta e outra, você vê desde os velhos caquéticos punheteiros perdendo todo o salário do mês até crianças - SIM, CRIANÇAS - correndo para lá e para cá. 

A cidade está longe de ser um antro de perdição e sem-vergonhice — Virou um passeio para toda a família e todo o mundo é bem compartadinho. E pelo fato de ser uma das únicas cidades americanas que você pode beber na rua, Vegas entope de gente obesa se achando o máximo fazendo isso pela Strip como se fosse coisa de outro mundo e consequentemente, enchendo o saco de todo o mundo. Imagina alguém berrando ''Caracaaaaaa malucooo, tô segurando uma latinha de cerveja na mão e na RUA  -  na RUUUUAAAAA uhuuuuuuuuuu, tira foto, tira foto. Sou FODAAAAA!!''. Idiota, não?

Se você foge um pouco dos cassinos, outra decepção são as boates que são cheias de frescuras — uma verdadeiro SACO para ser bem claro. Muitos dos clubes de Las Vegas exigem que você esteja vestido de tal forma. Isso significa que não pode entrar de tênis, disso, daquilo e todo o mundo tem que estar chique, bem vestido, arrasando e fazendo carão - Na boa, VSF! Escrotice do cacete.

Então, se você tem algum amiguinho que foi para Vegas e se achou o cara por isso - releve, releve! Nada mais é que alguém que gastou um bom dinheiro numa verdadeira merda de cidade!

PS:. Para não dizer que não tem nada legal na cidade, tem as réplicas de vários ícones mundiais como a Torre Eiffel, a Estátua da Liberdade,...etc. Entretanto, são pequenos e longe de comparáveis aos originais. Se você tiver a oportunidade de conhecer os monumentos reais, para que visitar uma fake city? Just saying!







segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

New York, New York! O que tem de tão especial na selva de concreto mais famosa do planeta?

Passei o feriado de Thanksgiving na Big Apple e resolvi dedicar um post à essa que é supostamente a cidade mais importante no mundo.  Totalizando as três vezes que estive na cidade, são ao todo 15 dias em terras nova-iorquinas. É clichê, mas eu amo Nova Iorque e não vejo o porquê alguém não amaria.

Nova Iorque é um dos poucos casos em que eu tinha muitas expectativas antes de conhecer a cidade e SIM — todas foram alcançadas. Eu sempre fui fã de paisagens exóticas como as ruínas exóticas de Tiwanaku na Bolívia e sempre achei passeios turísticos mais atípicos como um safari no Quênia e um mochilão na Mongólia como algo muito mais interessante do que ir à Nova Iorque. Afinal, é uma verdadeira selva de concreto! O que tem de interessante em uma cidade com prédios altíssimos que parecem ir além do infinito e toda aquela papagaiada americana? Bem, Nova Iorque vai muito além disso e acho díficil alguém não se impressionar na cidade.

O que faz Nova Iorque tão especial é a incrível diversidade cultural que você pode encontrar na cidade.  É você pegar o metrô, sentar na estação e ouvir dezenas de línguas diferentes ao seu redor. É andar e ver cada parte da cidade sendo representada por um grupo étnico diferente.  É gente do mundo inteiro e a cidade faz jus ao título de capital do planeta.

Eu tenho várias críticas aos Estados Unidos e acho extremamente rídiculas as leis imigração. Para mim, elas vão todas contra os ideais que o país foi construído. Há séculos atrás, foram milhares de imigrantes de todas as partes do mundo que vieram para a Terra do Tio Sam em busca de melhores condições de vida.  Com exceção dos índios, não existem americanos ''puramente'' americanos. Como pode existir xenofobia em um país feito por imigrantes? Como pode haver intolerância à imigracão? São coisas que não fazem sentido para mim.

A Sexta Avenida
Apesar de todo esse background babaca dos EUA, Nova Iorque é algo à parte.  Eu não consigo ver os Estados Unidos ali.  Eu vejo é um microcosmo do planeta, da diversidade cultural da humanidade e até onde o homem conseguiu alcançar.  A cidade é lotada de festivais e eventos para celebrar tanta diversidade. É o Brazilian Day, o Puerto Rican Day, o Nigerian Day...etc. Há restaurantes representando a culinária de dezenas e dezenas de países.  É inglês falado com sotaque de todas as partes do globo.

É interessante notar que em qualquer loja, restaurante, bar ou sejá lá o que for que você entra em Manhattan, você dificilmente vai encontrar um americano. São árabes, indianos, brasileiros, latinos e representantes de todos os países emergentes que você possa imaginar.

E o bom é que hoje tudo vai bem além de Manhattan! Conversando com uma senhora nova-iorquina, ela apontou que dificilmente se via tanta diversidade em boroughs com o Queens e hoje já é tomada por estrangeiros!


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Seis coisas que eu amo e seis coisas que odeio na Filadelfia

Na última postagem, comentei como foi primeira semana no Arizona e como tudo foi super especial. Agora vamos comentar sobre a cidade que atualmente vivo - Filadélfia!  Tenho vários posts para fazer, e vou começar apontando seis pontos positivos e seis pontos negativos que vejo na cidade. Na próxima vez que eu postar, focarei mais na universidade e no meu trabalho como professor de portugês.

Mas bem, vamos lá!



Love Park - praça do amor - ponto turístico obrigatório da cidade
Pontos negativos:

1) Os ônibus são LENTOS.  Philly tem 1/4 do tamanho da cidade do Rio de Janeiro e você leva o tempo  de locomoção de Copacabana à Santa Cruz (quem é do Rio sabe o quão longe é ) de um ponto da cidade a outro (isso sem trânsito, andando beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem devagar). No centro da cidade, os ônibus param em TODOS OS QUARTEIRÕES. É muito irritante e um verdadeiro exercício de paciência.

2) Quem foi que disse que Philadelphia é uma cidade grande nunca esteve em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo ou mesmo Nova Iorque.  Ela pode até ser maior que a média, mas tem clima de interior total.  A vida noturna e os lugares mais badalados da cidade são todos concentrados no mesmo lugar, em pequenos quarteirões. Ou seja, você encontra sempre as mesmas pessoas constantemente e todo o mundo conhece todo o mundo. Acho isso um saco! Não nasci para ser countryside boy!

3) Boa parte das lojas boas são muito distantes.  Os grandes shopping centers ficam à duas horas do centro da cidade e de onde eu moro, lá na puta-que-pariu.  O motivo é que quanto mais afastado, menos impostos eles pagam. Então, toda vez que tenho que ver maior variedade de lojas, etc, tenho que me locomover para bem longe. 

4) Tudo fecha cedo. Bem, esse é um problema geral dos Estados Unidos e não exclusivamente daqui.  Todos os bares, clubes, etc fecham impreterivelmente às 2 horas da manhã. Ou seja, você se arruma todo, se anima todo, toma uns gorós e 2 horas a festa acabou. Tchau, até amanhã! Fora isso, as farmácias também fecham, mercados, etc...única coisa que vejo aberta é Mc Donalds rssrsrsrs e o Wawa bem tarde da noite.

5) Segregação racial.  Sempre vou achar isso com um dos pontos mais negativos dos EUA e de qualquer país. Apesar de haver melhoras quanto essa questão no país como um todo, fica claro a todo momento a segregação racial na vida das pessoas. Cara, na boate, tem duas pistas - Beyoncé NÃO toca na pista pop normal porque é negra. Por favor né, americanos!! Fora que tem os bairros onde só negros moram, as escolas onde só negros estudam, as igrejas onde só negros frequentam...

6) Pobre come mal e ainda por cima engorda.  Você deve pensar que isso não é novidade nenhuma, mas a questão é que nos EUA muitas pessoas são gordas porque não tem dinheiro para comer direto. Mc Donalds, Wendys, Burguer King tudo a preço de banana, ai você vai no mercado comprar frutas, legumes,  carnes e tudo é absurdamente bem mais caro que no Brasil. Ai geral engorda porque não tem dinheiro! 

Vista do Centro da Cidade
Pontos positivos:

1) Pontualidade. Os americanos são muito pontuais. Se você marca com alguém 20horas, dez minutos antes a pessoa já manda mensagem dizendo que já chegou. É meio assustador para brasileiros, mas você acaba se acostumando e vendo o quão isso é legal.  Bem melhor do que ficar imaginando quantas horas de atraso seu amigo vai ter. Até mesmo nas aulas da faculdade, todo o mundo chega na hora. É incrível! Coisa de outro mundo! 

2) Dane-se o que você está vestindo. Ninguém liga o que você usa ou deixar de usar. Isso quer dizer que se você for na balada de chinelo, bermuda rasgada e todo derrotado, ninguém vai te olhar com aquele olhar de desprezo que brasileiros sabem fazer melhor do que ninguém. As pessoas são bem despojadas, se vestem do jeito que querem sem se preocupar com o que vão pensar. 

3) Há um padrão de qualidade em toda a cidade.  Claro que existem áreas mais ricas e mais pobres na Filadélfia, mas você reconhece a cidade independente de onde você esteja. Há um padrão de qualidade - o cara lá que mora na parte mais fodida da cidade não mora tão diferente assim de quem mora na melhor parte. Não é o Rio de Janeiro que parece que tem várias cidades numa só. Quando se fala de pobreza no Rio, é esculhambação total mesmo. 

4) Os estudantes são realmente dedicados. Se tem algo para ler para a próxima aula, todo mundo lê. As pessoas levam faculdade realmente a sério e trabalho também.  São muito esforçados em geral. Acho que fico impressionado porque estudei em uma universidade que ninguém lia nada, todo mundo chegava atrasado e ainda reclamava haha. 

5) As pessoas são super educadas. Ninguém escuta nada nos ônibus, metrôs, trens sem fone de ouvido (apesar de às vezes o volume estar tão alto que você acaba ouvindo). Se você tá saindo do prédio, todo o mundo SEMPRE segura a porta para você.   

6) A cidade é limpa.  Ninguém joga lixo no chão do nada e nenhum lugar fede. No Rio, é de fedor de mijo, de esgoto em vários lugares. Tenso! Quando se tem sujeira na rua, é pelo excesso de folhas caindo pelo outono.

Folhas caídas pelo outono



Meus dois meses nos States

Já se passaram mais de dois meses desde que cheguei aos Estados Unidos. Tudo tem acontecido bem diferente do que o esperado (para variar...). Minhas expectativas foram superadas durante a primeira semana e elas vêm caindo ao decorrer do tempo.

Para começar, eu não esperava que a minha primeira semana no Arizona fosse tão especial como foi. Eu estava até nervoso no Brasil porque tinha lido que teria que apresentar uma mini-aula em português e teria muitas palestras e apresentações. Imaginei algo bem sério, acadêmico e com cara de com certeza ia me estressar.  Eu estava certo até certo ponto.

Quando avistei Phoenix - capital do Arizona - do alto do avião, eu vi uma América que a gente não costuma ver nos filmes de Hollywood: quente, árida e nem um pouco atraente para turistas. Não há nada para fazer na cidade. A primeira impressão que se dá é que Phoenix só tem cactos e um calor da porra! Bem, talvez isso seja verdade, mas como dizem por ai em palavras torpes ''o que faz o lugar são as pessoas'' e eu não poderia concordar mais. Eu conheci pessoas tão maravilhosas e simpáticas que tornaram aqueles dias inesquecíveis e muito especiais. Desde a chegada no aeroporto quando conheci um estudante da Arizona State University super simpático, prestativo e interessado falando todo orgulhoso ''nasci e cresci no sol'' até o jantar final com representantes do mundo inteiro - tudo foi incrível.

Éramos cerca de 50 pessoas na reunião dos bolsistas - dentre os 50, três brasileiros.  Representes dos quatro cantos do mundo  - Argentina, Colombia, Tunisia, Indonesia, Senagal, França, Alemanha, Japão, só pra citar alguns. Todos estavam ali para entender melhor qual era nosso papel como professores de língua nos EUA e uma prévia do que iriamos encontrar.  As palestras foram super interessantes e mesmo durando muitas horas não foram nada entendiantes.  Assuntos sobre como as universidades americanas funcionam, nossos deveres e funções foram os temas mais abordados.  Claro que o que foi interessante foi tanta mistura, tanta gente de culturas e países tão diferentes juntos no mesmo lugar com o mesmo propósito - tornar os EUA um país menos monolíngue e mais aberto a culturas estrangeiras.  E tenho certeza que cada um tem feito sua parte para ensinar suas línguas e sua riqueza cultural por todo o país.

Tivemos também um passeio guiado pelos ''pontos turisticos'' de Phoenix e Tempe. Claro que a atração principal foram os cactos! São super divertidos. Cada um tem uma forma diferente - como a natureza é criativa!


A minha aula de português foi super tranquila. Dividiram a gente em grupos de 9 pessoas e cai com argentinos e indianos. Fiquei um pouco decepcionado de ter caído com latinos - afinal, a graça ali era aprender um pouco de uma língua bem diferente! Mas pelo menos tinha os indianos! De qualquer forma, Hindi pareceu tão difícil que agradeci de ter espanhol ali! Fizemos um mini dialógo em português e as críticas dos professores da universidade foram bem positivas. 

No último dia, tivemos um grande banquete onde cada um foi vestindo uma roupa típica do seu país. Apenas usei uma camisa da seleção brasileira, mas que foi suficiente para monte de gente querer tirar fotos minhas e por coincidencia, a menina da Alemanha tava com camisa da seleção alemã e brincamos com a nossa rivalidade no futebol através de dezenas de fotos.  Foi tão bom e enriquecedor conversar com gente de tantas partes do mundo, todos contando curiosidades - como a menina coreana falado que na Coreia os bebês já nascem com 1 ano porque se conta os meses na barriga da mãe, logo, todos são um ano mais velhos na Coréia -. Enfim, me fez sentir o quão grande e rico culturalmente esse mundo é e quão diferente e ao mesmo tempo iguais nós somos.  Nunca vou esquecer! Obrigado Fulbright!












segunda-feira, 16 de julho de 2012

Pre Departure Orientation!

Fiquei sem atualizar essa budega aqui um tempinho e esqueci de comentar sobre a PDO - Pre-Departure Orientation. Como foi bem recente, ainda lembro bem! Vou tentar sintetizar rapidinho o que aconteceu, para não pular a reunião dos bolsistas. Afinal, foi algo bem importante! Pois então, vamos lá!

A PDO - Pre Departure Orientation aconteceu no final de junho, entre os dias 28 e 29. Todos os bolsistas tiveram que ir à São Paulo para dois dias de orientação. Lá comentariam sobre o programa,  tiraram dúvidas, todo mundo se conheceria e tiraríamos o visto!  E foi isso tudo mesmo que aconteceu!

Minha noite anterior a viagem foi bem tensa. Meus olhos ficaram muito irritados do nada e parecia conjuntivite. Talvez tenha sido, mas não passei nada e uns dois dias depois melhorou.  Acordei com a cara mega tensa, os olhos ardendo muito e até pensei "Fud$%#$%. Não quero mais viajar! HAHAHAHA". Mas   fui mesmo assim, seria doido se não fosse!

Como de costume, sai de casa atrasado. Mas por sorte, a infernal da Avenida Brasil estava limpa e cheguei até cedo no aeroporto.  Assim que cheguei, encontrei a Larissa e logo depois, chegou a Camille.  Camille fez faculdade comigo e já conhecia há mais de 5 anos. Outra bolsista, a Mariana, mesma coisa. Não estudamos juntos, mas ela foi monitora-chefe do CLAC, vulgo "cursinnho de línguas da UFRJ". O Glauber eu não conhecia diretamente, mas já tinha visto fotos dele num álbum de uma amiga.  Tenho amigos próximos em comum com ele. E de carioca ainda tem a Fernanda, que vai para o Arizona comigo no Summer Orientation. Tudo sangue bom! Galera responsa!

Fomos para Guarulhos e de lá pegamos um super taxi para o hotel onde ficamos. O taxi deu apenas 116 reais, merrequinha!.  Lá conheci os outros bolsistas, que são bem mais simpáticos e extrovertidos que eu podia imaginar.

No primeiro dia, fomos levados para a Associação Alumni.  Tivemos palestra com duas ex-bolsistas FLTA que contaram suas experiências e tiraram algumas dúvidas sobre o programa.

No dia seguinte, fomos levados ao consulado americano.  Bem maior que o do Rio de Janeiro, diga-se de passagem. O que eu mais achei interessante desse dia foi a palestra de uma americana dando dicas sobre o ensino de português. Apesar do aparente nervosismo, ela passou sua mensagem muito bem.  É um pouco raro ver situações assim e eu gostei muito. Consegui imaginar futuros alunos meus também comentando sobre português e se expressando na língua. Fiquei muito empolgado!

O visto foi super tranquilo, como esperado. As perguntas foram simples e bem objetivas. Acho que foi mais uma formalidade do que qualquer outra coisa. Não negariam o visto de ninguém. Afinal, temos o patrocínio do governo.

Té mais!

Dia 1 na Alumni Association.





sexta-feira, 13 de julho de 2012

Passagens Emitidas!

Olá a todos! Continuando minhas postagens sobre o programa FLTA, gostaria de anunciar que felizmente já tenho minhas passagens internacionais! Embarco dia 26 de Agosto às 20h55m rumo ao Arizona, com conexão em Houston, Texas. Serão ao todo 17 horas de voo! Ficarei 5 dias no estado desértico conhecido por suas altas temperaturas e de lá, parto para Philadelphia onde farei todo o meu programa como professor "assistente". Digo "assistente" porque no meu caso, serei o único professor de português da minha universidade. Minha supervisor é alemã '-' e não fala nada de português. A única coisa que sei até agora é que há uma professora de espanhol que é familiar com a língua. Vamos ver no que vai dar essa loucura!

Como eu sou uma pessoa "especial", além de não ser assistente, meu gap (intervalo entre o final do summer orientation e o começo do programa) é o maior de todos os bolsistas. São 17 dias! Sabe se lá Deus o porquê minha universidade só começa no final de setembro! (Atualização: Já entendi o porquê começa mais tarde. Minha universidade trabalha em regime de quarter. Meu programa começa no inicio do fall quarter.) Por conta disso também, meu programa é o ultimo a começar e o ultimo a terminar. Enquanto a maioria dos bolsistas retorna em abril ou maio, volto só em meados de junho! (Na realidade, JULHO! Porque vou aproveitar e passar meu aniversário nos States lol).

Enviei um e-mail para minha host institution (Drexel University) perguntando se teria algo para me ocupar durante os tais 17 dias e eles me disseram que não. Então, vou aproveitar e ir conhecendo a Philalelphia. Tenho planos também de passar em Nova Iorque para o Brazilian Day e ir ao parque Six Flags em Nova Jérsei que ali pertinho de Philly. Começar o programa já com umas feriás! Yaaaaaaaaaay!

Mas, vamos falar um pouco do Summer Orientation!

Antes do programa começar, todos os bolsistas terão que participar de uma das setes orientações que ocorrerão por todos os Estados Unidos.  A primeira já começa no final de Julho, na Columbia University em Nova Iorque.  Logo em seguida, terá a de Michigan (Michigan State University), Indiana (University of Notre Dame), Syracuse University/ NY , São Francisco (Stanford University), University of Pennsylvania/Philadelphia e por film, a da Arizona State University em Temple, Arizona. A minha orientation é a última (27 de Agosto a 31 de Agosto), no Arizona..





Fiquei animado com a programação! Iremos ter dois dias dedicados a  para passeios culturais! Conheceremos Temple, Phoenix, uma cidade fantasma e o Canyon. Segue a programação abaixo:


Monday, August 27

Arrival in Phoenix
FLTAs arrive throughout the day from various cities at Phoenix Sky Harbor International Airport. Welcome to the United States!
You are free in the afternoon to explore Tempe. The heart of Tempe, the Mill Avenue District is right outside the hotel.
7:00-11:00pm - Opening Reception
Dinner on your own. The participants will be provided with cash per diem. Those arriving late in the evening will be able to order dinner to their hotel room


Tuesday, August 28
7:00-8:30am - Breakfast
Full buffet breakfast at Mission Palms hotel
8:45 am - Sessions begin.
Most orientation academic sessions will be conducted in Mission Palms Hotel.
9:00-9:15am - Welcome
Welcome remarks by Professor Stephen Batalden, the Melikian Center Director
9:45-10:25am - IIE Policies
Institute of International Education (IIE): The Foreign Language Teaching Assistant (FLTA) Program—Policies and Procedures
10:30am - Depart for Heard Museum
10:45am-12:15pm - Guided Tour of the Heard Museum
Heard Museum of American Indian Art, Downtown Phoenix
12:15-12:30pm - Short walk around downtown Phoenix
12:30pm-2:00pm - Lunch at Alice Cooperstown Restaurant
2:00pm - Depart for Goldfield Ghost Town
3:00-4:00 - Guided Tour of Goldfield Ghost Town
4:30-6:00pm - Riverboat tour of the spectacular Canyon Lake (“Dolly Steamboat”), snacks and soft drinks served
6:30pm - Arrive at Mission Palms hotel, short rest
8:00pm - Dinner at Rustler's Roost.
10:00pm - Arrive at Mission Palms hotel

Day 3: Wednesday, August 29

7:00-8:30am - Breakfast
Full buffet breakfast at Mission Palms hotel
9:00-9:45am - Transition Survival Skills
Presenter: Michael Girsch, Study Abroad Program Coordinator, Center for Global Education Services
9:50-10:40pm - Diversity of US Campuses and Campus Resources
Presenter: Melissa Beresford, Academic Services Coordinator; School of Human Evolution and Social Change
10:45-11:00am - Break (coffee, tea, water and sweets provided)
11:00am-11:50am - Developing a Personal Community: Skype Session with FLTA Alumni
Presenters: Olga Blinova (Moscow, Russia) and Renata Matsumoto (São Paulo, Brazil), FLTA Alumni
12:00-12:50am - Initial Intercultural Interaction: Meeting Graduate Students with Extensive Study Abroad Experience
Presenters: Ben Beresford and Ryan Robbins, Ph.D. Students at Arizona State University
12:50-2:00pm - Lunch at Chili's
2:00-2:45pm - Sexual Harassment/Discrimination Policies on U.S. Campus
Presenter: Kevin Salcido, Associate Vice-President and Chief Human Resources Officer
2:45-3:00pm - Break (coffee, tea, water and a snack provided)
3:00-4:30pm - Materials Creation and Curriculum Development (micro-teaching sessions, divided by traditional and less common language groups)
Presenter: Presenter: Barbara Lafford, Professor of Spanish Linguistics; Languages and Cultures Faculty Head; Don Livingston, Senior Lecturer in Russian in the School of International Letters and Cultures
4:30-4:45pm - Break (coffee, tea, water and a snack provided)
4:45-6:15pm - Classroom Management
Presenter: Duane Roen, Professor of English and Head of Interdisciplinary and Liberal Studies, School of Letters and Sciences; Judy Grace, Associate Professor of Organizational Studies, School of Letters and Sciences
6:15-8:00pm - Dinner on your own: cash allowance will be provided to each participant
8:00-9:15pm - Authentic Native American song and dance performance with Yellowbird Productions
********************

Day 4: Thursday, August 30

7:00-8:30am - Breakfast
Breakfast at Mission Palms hotel
8:00-9:00am - Consultations with Professors Lafford and Livingston
9:00-10:30am - Performance Assessment and the U.S. Academic Evaluation System
Presenter: Michelle Petersen, Lecturer, School of Letters and Sciences; Barbara Lafford, Pro-fessor of Spanish Linguistics; Languages and Cultures Faculty Head
10:30-10:45am - Break (coffee, tea, water and sweets provided)
10:45-1:15am - Technology in (and outside) the Classroom
Presenter: +Barbara Lafford, Professor of Spanish Linguistics, Languages and Cultures Faculty Head; Michelle Petersen, Lecturer, School of Letters and Sciences
1:30-2:30pm - Lunch at ASU University Club with Dean of the College of Arts and Sciences
2:45-5:15pm - Foreign Language Teaching Methodology Micro-teaching sessions, divided by traditional and less common language groups
Presenters:Shana Bell, Lecturer, School of International Letters and Cultures; Don Livingston, Senior Lecturer in Russian in the School of International Letters and Cultures
5:15-6:00pm - Evaluation of ASU Orientation by FLTAs. Distribution of Travel Allowance to FLTAs (A farewell cake will be provided in addition to beverages).
Facilitators: IIE Representative; Alexei Lalo, Research Administrator, Melikian Center
6:15pm - Group photo in front of Mission Palms Hotel
7:00pm - Farewell banquet at Z'Tejas
********************

Day 5: Wednesday, August 31

7:00-9:00am - Breakfast
Full buffet breakfast at Mission Palms hotel
Ongoing - Check-out from hotel; FLTAs take hotel shuttle to Phoenix Sky Harbor International Airport
Have a safe trip to your host institution – and please stay in touch!